Parasyte - Kiseiju: Quando se dá uma mãozinha para um parasita

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Após 19 anos de espera e chororô dos fãs já sem esperança pela sua publicação, chega nas bancas o primeiro volume de uma dos mais consagrados mangás que apresentam um alienígena na mão direita de um jovem nerdão: Parasyte Kiseiju! 

Editora: JBC
Volume: 1 (de 10)
Autor: Hitoshi Iwaaki
Número de páginas: 222
Ano de publicação original: de 1990 até 1995

Sinopse 

Pelos céus de todo o globo terrestre em um dia como qualquer outro caem inexplicáveis mamonas brancas, que ao tocarem o chão liberam um parasita nunca antes visto pela espécie humana. Tais criaturas apresentam comportamento e morfologia incomum, com partes de seu corpo maleáveis que auxiliam em seu principal objetivo: adentrar o corpo de suas vítimas, se fixar em seus crânios, alimentando-se tomando forma dos mesmos, passando a tomar o controle do corpo parasitando e criando uma dieta "canibal" deixando pouco mais que carne moída das criaturas que viram papinha. 
Olha que fofo esse bebê
Uma dessas criaturas falha ao tentar tomar controle do sistema nervoso central de seu hospedeiro e acaba tomando forma e controlando apenas seu braço direito. O hospedeiro em questão e protagonista da série é Shinichi Izumi um jovem estudante medíocre em diversos quesitos e tendo apenas sorte por não ser morto pela criatura alienígena apelidada carinhosamente de Migi ( que significa "direito" Naruto japonês). 

Agora hospedeiro e parasita criam uma relação de "simbiose", na qual o Migi morre sem seu hospedeiro, e Shinichi perde seu braço por completo ao remover a criatura. Ambos tentam conviver em harmonia tentando entender o que diabos tudo aquilo significa e sobreviver a ataques recorrentes de outras criaturas da mesma espécie de Migi.

Vale a pena?

Seu enredo divertido, recheado de cenas fortes e humor um tanto quanto pesado, apresentando algumas questões filosóficas e piadas com órgãos genitais masculinos - um pacotão para quem gosta de histórias com um tom mais adulto. Suas cenas mais gores não são apelativas, aparecendo quando necessárias e tendo a relação entre personagens elaboradas e cativantes, não sendo utilizadas apenas como mero pretexto de mostrar sangue e órgãos mutilados em suas páginas. O traço é simples, sendo um pouco diferente dos mangás atuais mas nada muito elaborado ou sensacional.
"Qual o motivo desse rosto amor, estou com mal hálito?"
Um dos pontos negativos que encontrei nessa edição foi a tradução feita, diversas frases com gírias atuais te tiram da história, não somando para o enredo, só deixando um ar de "por que diabos esse cara disse isso?". 

A história é boa, nada que vá te fazer mudar completamente suas atitudes com os temas ali tratados, mas que contribuindo com algumas discussões que você tenha internamente sobre o que somos, para onde vamos e qual o sentido dessa joça que chamamos de vida. Aproveita que o número um acabou de sair nas bancas e comece acompanhar, que vale o dinheiro gasto para ter em sua estante. 

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