Criada por Neil Gaiman em 1988 e publicada pela Vertigo em 75 edições divididas em dez arcos, nos apresenta um universo com sete entidades conhecidas como Perpétuos, seres que surgiram com o início de tudo e definharão somente quando a existência tiver um fim. Nada mais são do que personificações de diferentes ideias e atos presentes na realidade e na consciência dos seres vivos, sendo responsáveis pela ordem natural, controlando seus reinos. Cada um deles leva o nome do aspecto do universo que representam, sendo eles na imagem abaixo da esquerda para a direita: Destino, Desencarnação (mais conhecida como Morte), Devaneio (mais conhecido como Sonho), Destruição, Desejo, Desespero e Delírio.
Sua história dá enfoque nos acontecimentos vividos por Sonho (também conhecido como Morpheus, Oneiros, Lorde Moldador entre outros nomes), que tem como responsabilidade principal governar o Sonhar, o local onde todos os seres conscientes vão quando estão dormindo e o berço do surgimento de diferentes entidades criadas por aqueles que sonham.
Seu enredo tem inicio no ano de 1916, com uma sociedade ocultista que tenta aprisionar a Morte em uma espécie de cúpula mágica, e por engano acaba prendendo seu irmão Morpheus. Durante seu aprisionamento, suas três principais ferramentas (um elmo, um rubi e uma algibeira de areia) que possuíam grande parte de seu poder são afastadas de sua guarda e levadas pelo tempo para diferentes lugares. Se passando quase 70 anos, Sonho consegue escapar e sai em busca de suas ferramentas para conseguir retornar ao seu reino, que se tornou um local decadente e desorganizado após a partida de seu governante.
Afinal, vale a pena ler?
Sandman faz parte daquelas séries de Hqs que mudam seu ponto de vista sobre a vida, morte, existência e demais fatores que influenciam o seu dia-a-dia. A mitologia criada para ela é exemplar, não contendo pontas soltas, fato que acaba prendendo o leitor, não tendo o enredo previsível se tratando tanto de personagens já apresentados ou do próximo personagem histórico/mitológico que será apresentado.
A arte da série passa por muitas mudanças, o que faz com que você não enjoe do traço em que os personagens são retratados. Praticamente em cada arco ou até mesmo edição temos um novo artista, o que gera uma grande variedade na forma em que cada Perpétuo é representado, nos mostrando que os perpétuos não são simples seres, e sim idéias, que se modificam de acordo com o ponto de vista do seu observador, ou no caso o artista.
Por ter como personagem principal um ser que sempre existiu e acompanhou o surgimento e desenvolvimento da humanidade, consegue abrigar em suas páginas diferentes personagens, tanto históricos (como Shakespeare e Marco Polo) como mitológicos (passando de Lúcifer a Thor e Loki). Isso possibilita riquíssimos debates filosóficos sobre o ponto de vista humano sobre seus acontecimentos, que contribuem bastante para tornar Sandman a obra-prima que é.
Por ter como personagem principal um ser que sempre existiu e acompanhou o surgimento e desenvolvimento da humanidade, consegue abrigar em suas páginas diferentes personagens, tanto históricos (como Shakespeare e Marco Polo) como mitológicos (passando de Lúcifer a Thor e Loki). Isso possibilita riquíssimos debates filosóficos sobre o ponto de vista humano sobre seus acontecimentos, que contribuem bastante para tornar Sandman a obra-prima que é.




0 comments:
Postar um comentário